terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uma crônica, cônica, tônica, cômica, atômica, indômita, etc.


Na sala de espera identidade pós-hibridizada hibridismo pós-desconstruído



O que é tempo e o que é história? Quem sou eu quem és tu?



"Só aceitamos pagamento em dinheiro" diz a atendente — "Well, i don't have money but i have friends na praça"



"Preciso de grana" digo enquanto dá a partida "quanto podes me arranjar?"



"Vê o que tem no porta malas." [objetos de al(u)ta(o)-estima] "Pode se virar com isso aí."



Numa sociedade pós-colonial não há espaço para amor ao próximo, pois o próximo é seu espelho invertido, o olhar do próximo busca tomar o que é seu: sua casa, sua mulher, seu filho, seu dinheiro, seu emprego, sua vida... tome providências contra isso, ande armado, e, principalmente, nunca dê espaço ao próximo: NUNCA!



Se a violência é imanente à relação com o próximo, selemos isso com um pacto: eu te mato e tomo o que é seu. Se puderes te defender, ótimo, caso contrário, não há nada que eu possa fazer.



Disparos de espoleta e drogas aromatizadas: "Por favor, amigo, me dê todo o seu dinheiro agora e vá ser feliz."

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