sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Guizado: Jazz e eletrônico em uníssono


O paulistano, trompetista e produtor Guilherme Mendonça, vulgo Guizado, já emprestou seus dotes musicais e ar dos seus pulmões para grandes nomes do cenário da música brasileira, como Céu, Cidadão Instigado, Nação Zumbi, entre outros. Agora, dedica-se à banda Guizado, tendo começado como uma dupla entre o próprio e Curumim. Atualmente conta com Curumin (bateria) e do Cidadão Instigado vieram, Rian Batista, no baixo, e Régis Damasceno (também conhecido como Mr. Spaceman), na guitarra.
Guizado fala da sua busca pelo estilo autoral em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo: "A complexidade do Jazz me levou a torcer o nariz para o meu passado punk. Quando saí da Groove, comecei a fazer as coisas a minha moda. Toquei com outras pessoas, conheci outras formas de produzir e comecei a resgatar as minhas referências antigas de pouco em pouco.O resultado não foi nem a postura rock de garagem dos anos 80 nem a do jazz ortodoxo dos anos 90. Foi uma maçaroca que juntei e que fez com que me sentisse mais coeso." (Jornal O Estado de São Paulo - Caderno 2 - 14 de agosto de 2010)
Guizado lança seu primeiro álbum em 2008, intitulado Punx, caracterizado pelo clima mais urbano, pelo caos da cidade grande. Característica permanente no som de Guizado, são os vários ambientes e texturas que tem em suas músicas. O seu segundo álbum, de 2010, Calavera (Caveira em espanhol), não foge a essas características supracitadas, no entanto, desvia do caos urbano, e entra no ambiente mais etéreo e transcendente, que faz jus ao título do cd. Cavalera, faz referência a Festa do Dia dos Mortas, celebrada no México. E foi, também, a forma como Guilherme Mendonça encontrou de lhe dar com a morte da mãe. Sobre a realização deste álbum, Guizado diz o seguinte: "- Buscava uma autenticidade maior. Existe uma razão espiritual para o título do álbum. Os mexicanos celebram o mistério e o desconhecido de forma festiva. Quis mergulhar ainda mais para dentro de mim, mas também me conectar ao cotidiano. É uma espécie de paradoxo. Uma vontade de entrar no mundano, viver essa festa, mas manter a espiritualidade. Sem negar qualquer um desses lados." (Jornal do Brasil [RJ] maio de 2010)
Bom, vou parar por aqui, e deixá-los com essa experiência sonora fenomenal!




álbum: Punx
ano: 2008


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álbum: Cavalera
ano: 2010


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