Quarta
fui ao Líbero Luxardo assistir ao filme, “O lobo atrás da porta”. Filme
nacional, de Fernando Coimbra, 2013. Antes, sentei sobre a grama da Praça
Santuário para passar o tempo. O filme seria às 19h, ainda eram 15h30. Fumei um
cigarro. (Merda, nunca mais vou fumar). (Besteira, até gosto de fumar). Li.
Peguei um material do professor Manuel Antônio de Castro, “No princípio era a
Poética”. A Leitura fluiu muito bem, só minha atenção que continua horrível. Me
disperso fácil. Alunos de escolas públicas que ficam ali por perto. Discussão,
quase porrada, de meninas de uma dessas escolas. (Vou ser professor!). O 40 Horas
Ver-O-Peso atravessando a Avenida Nazaré. As pessoas na parada. Um bróder
careca e barbudo, andando de skate na Generalíssimo. Homossexual de vestidinho
curto, magro-magro, falando e gesticulando coisas incompreensíveis – estava
longe –, que me fez rir. Terminei o cigarro. (Um por dia está bom). Comi uma
maçã. Senti meus dentes sob o “poder higienizador” da maçã. (É o que dizem por
aí). Me senti aliviado. Saúde, né! Mas, “No princípio era a Poética”. Compreendo
muito pouco e o pouco que compreendo mal consigo verbalizar. Essa tal de
Poética. Isso de ação originária. Que não é fundamento. Mas fundo sem fim. Onde
não se lança em queda. Pois jorra. Jorra possibilidades de realização. (16h!).
Decidi tomar uma cerveja antes do filme. (Eis que se rompe o casulo). Daria
tempo. No Horto, pedi uma Brahma, mas o senhor me trouxe uma Draft. Por 4 reais
e geladíssima daquele jeito. Perfeito. Fumei mais dois cigarros. (Sem neura).
Li mais um pouco. Me dispersei. (17h45, não gosto de me atrasar). Sobre o
filme, qualquer coisa que eu diga, não vai ter a mesma força e efeito que um
soco na boca do estômago. (Não falo mais; tem um lobo a espreita, e é
preciso dar-lhe cuidado). Antes de começar o filme, encontrei um conhecido – não
tanto assim. Acabado o filme, a necessidade de se falar sobre os lobos atrás
das portas, nos levou ao Bar do Parque. (20h45). 4 cervejas, nem tão geladas.
Mais alguns cigarros. (!). Espiritismo. Umbanda. Candomblé. Heidegger. Bakhtin.
E um brinde. Ao lobo atrás da porta de cada um de nós que, ao invés de sermos
por ele devorados, rasgados, estripados, tenhamos a responsabilidade de
mantê-lo sob abrigo e cuidado.
(00h30).
O 40 Horas Ver-O-Peso veio primeiro. E um frio na barriga. E a ausência. Subi.
Os lugares do lado direito estavam todos ocupados. Curioso. (!).
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