Acredito estar diante de um músico e compositor, capaz de daqui a algum tempo ser estudado por pesquisadores da música popular brasileira do século XXI, como um dos grandes expoentes dessa época. Pois, são poucos como ele que levam tão a sério o exercício criativo musical, o exercício de estar sempre se reinventando: Tom Zé, Jards Macalé, Arnaldo Antunes e Arrigo Barnabé, compõem (aqui uma opinião totalmente subjetiva), um grupo que tornar-se necessária a audição, para pessoas que queiram observar a evolução da música popular brasileira.
Se eu tivesse algum embasamento teórico, talvez os convenceria do meu ponto de vista, mas essa é uma opinião de um curtidor de música metido a besta.
Falando um pouco do último álbum, Alma Boa de Lugar Nenhum, de Carlos Careqa, acredito que ele está "cheio de arte, arte até o pescoço". Este é o trecho inicial da primeira faixa do cd, uma verdadeira ode à antonímia que pode ser a arte. Ao negá-la, ele a reafirma, porém, sem esgotar a questão que a mantém viva. O que é a arte?
Um "aviso aos navegantes", este é o álbum sem dúvida mais belo de Carlos Careqa, o que faz nitidamente esse percurso pelo mar da criativiadade, então, assim como ele, faça essa viagem, e se por um acaso te sentires "cheio de arte", ancôre.
álbum: Todos os Homens são Iguais
ano: 1993
álbum: Música para Final de Século
ano: 1998
álbum: Não Sou Filho de Ninguém
ano: 2004
álbum: Nosotros que Somos Nós Mesmos
ano: 2005
álbum: Pelo Público
ano: 2007
álbum: À Espera de Tom
ano: 2008
álbum: Tudo que Respira quer Comer
ano: 2009
álbum: Alma Boa de Lugar Nenhum
ano: 2011
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