quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Kiko Dinucci e sua música paulistana urbana.


O paulistano Kiko Dinucci, hoje sambista, outrora curtia caracterizar-se junto com amigos para ouvir Kiss: "Eu e os moleques pegávamos vassouras, botávamos aquele disco do Kiss, The Creatures Of The Night (1982) e ficávamos dublando, com o rosto pintado, mostrando a língua.
Dinucci, cantor, compositor e artista plástico, mais tarde achou melhor deixar para trás o rock, chegou a ter duas bandas de rock na adolescência, porém achou o estilo limitado demais, muito cheio de regras. Acabou se encontrando no samba devidamente paulista: "Talvez o samba seja a linguagem que eu melhor saiba trabalhar, mas não me prendo num modelo. Costumo dizer que faço apenas música paulistana urbana."
O sambista começou apartir dos anos 90 trabalhar suas músicas e seu ritmo. Com isso surgem vários projetos e parcerias. Parcerias com Juçara Marçal (álbum: Padê 2007), com o Bando Afromacarrônico (álbum: Pastiche Nagô 2008) e com Douglas Germano, com o qual idealizou o projeto Duo Moviola (álbum: O Retrato do Artista Quando Pede 2009).
Sua música é composta de sambas, lundus, jongos e modas de viola. Essas diversas influências é que ditam a originalidade do trabalho de Dinucci, e que diz segiur uma linha pouco difundida do samba: "Hoje, segue-se apenas um modelo imposto pelos meios de comunicação cariocas, que vem desde a Rádio Nacional até a novela das 8", e não esconde sua crítica a cena do samba de São Paulo: "Ouço compositores daqui (São Paulo) falando de morro. Que morro? Avenida Paulista? Falam da Portela sem nunca terem pisado em Madureira, só conhecem pela TV, cantam com sotoque do Rio, chega a ser caricato, é quase uma colonização."
Depois da formalidade de apresentá-los ao artista da vez, os deixo com os links para downloads, dos dois álbuns de Dinucci, e seus projetos paralelos.
*todas as citações retiradas da entrevista à revista Rolling Stone Brasil, edição 12, setembro de 2010.










álbum: Padê
ano: 2007










álbum: Pastiche Nagô
ano: 2008










álbum: Na Boca dos Outros
ano: 2010










álbum: O Retrato do Artista Quando Pede
ano: 2009


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álbum: Metá Metá
ano: 2011


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álbum: Passo Torto
ano: 2011


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álbum: Dada Radio Session
ano: 2013












álbum: Funfun Session
ano: 2013




Baixar as "Duas Sessões"






álbum: Metal Metal
ano: 2012


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terça-feira, 16 de agosto de 2011

M. Takara


"Maurício Takara é o filho mais novo de uma família de notáveis. Seu irmão mais velho é Daniel Ganjaman, músico e produtor: Fernando, o do meio, trabalha como baixista do CPM 22, entre outras atividades.
Takara apesar de novo, já tocou com uma pá de alma, desde sua banda de adolescência Hurtmold, SP Underground, Otto, e pelo multi-espiritual coletivo Instituto.
O seu estilo parece não sustentar estilo algum. Ou melhor, pela tangente destes estilos, aparece outro, um novo.
Talvez por estar cansado de ouvir sempre a mesma pergunta - "como você define o seu som?" - o artista nos dá uma chance ao dizer que faz "música de livre associação". É o seu jeito elegante de dizer que o rótulo pouco importa, que não não percamos tempo em tentar decodificar o que sai de sua experimentação. Que se escute sem se preocupar com as definições".




álbum: Sobre Todas e Qualquer Coisa
ano: 2010


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álbum: Marginals + M. Takara
ano: 2013


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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Guizado: Jazz e eletrônico em uníssono


O paulistano, trompetista e produtor Guilherme Mendonça, vulgo Guizado, já emprestou seus dotes musicais e ar dos seus pulmões para grandes nomes do cenário da música brasileira, como Céu, Cidadão Instigado, Nação Zumbi, entre outros. Agora, dedica-se à banda Guizado, tendo começado como uma dupla entre o próprio e Curumim. Atualmente conta com Curumin (bateria) e do Cidadão Instigado vieram, Rian Batista, no baixo, e Régis Damasceno (também conhecido como Mr. Spaceman), na guitarra.
Guizado fala da sua busca pelo estilo autoral em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo: "A complexidade do Jazz me levou a torcer o nariz para o meu passado punk. Quando saí da Groove, comecei a fazer as coisas a minha moda. Toquei com outras pessoas, conheci outras formas de produzir e comecei a resgatar as minhas referências antigas de pouco em pouco.O resultado não foi nem a postura rock de garagem dos anos 80 nem a do jazz ortodoxo dos anos 90. Foi uma maçaroca que juntei e que fez com que me sentisse mais coeso." (Jornal O Estado de São Paulo - Caderno 2 - 14 de agosto de 2010)
Guizado lança seu primeiro álbum em 2008, intitulado Punx, caracterizado pelo clima mais urbano, pelo caos da cidade grande. Característica permanente no som de Guizado, são os vários ambientes e texturas que tem em suas músicas. O seu segundo álbum, de 2010, Calavera (Caveira em espanhol), não foge a essas características supracitadas, no entanto, desvia do caos urbano, e entra no ambiente mais etéreo e transcendente, que faz jus ao título do cd. Cavalera, faz referência a Festa do Dia dos Mortas, celebrada no México. E foi, também, a forma como Guilherme Mendonça encontrou de lhe dar com a morte da mãe. Sobre a realização deste álbum, Guizado diz o seguinte: "- Buscava uma autenticidade maior. Existe uma razão espiritual para o título do álbum. Os mexicanos celebram o mistério e o desconhecido de forma festiva. Quis mergulhar ainda mais para dentro de mim, mas também me conectar ao cotidiano. É uma espécie de paradoxo. Uma vontade de entrar no mundano, viver essa festa, mas manter a espiritualidade. Sem negar qualquer um desses lados." (Jornal do Brasil [RJ] maio de 2010)
Bom, vou parar por aqui, e deixá-los com essa experiência sonora fenomenal!




álbum: Punx
ano: 2008


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álbum: Cavalera
ano: 2010


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